segunda-feira, agosto 13, 2007


PERDER ASSIM, NÃO


O resultado do jogo da Super Taça Cândido de Oliveira que se disputou em Leiria no passado dia 11 de Agosto não é um resultado justo. Para a história fica sempre, é certo, a vitória do Sporting Clube de Portugal, mas o 1-0 final é lisonjeiro e não resulta, na minha opinião, de uma clara supremacia do vencedor. O SCP ganhou com um golo fortuitamente bonito, que só sai na rifa uma vez de tempos a tempos, mas pouco fez para justificar o primeiro troféu da época de 2007/2008. Paulo Bento, treinador medíocre, é notoriamente um treinador com sorte. Para sorte do Sporting. Até quando?

Mas houve erros incompreensíveis do Futebol Clube do Porto que contribuíram decisivamente para a sua derrota. Erros, em primeiro lugar, dos próprios jogadores que não foram capazes de transformar em golos as oportunidades que criaram; mas também erros graves de estratégia do treinador Jesualdo Ferreira. Um treinador competente define-se, independentemente das qualidades técnicas que revele ter, pela ousadia da estratégia que, qualquer que seja o adversário, escolhe para o confronto, e pela capacidade de tornar audazes os atletas que a vão interpretar no campo de jogo. Jesualdo Ferreira foi uma vez mais, num jogo decisivo, um treinador medroso. Escalou atletas para uma inaceitável postura de defesa e não ousou armar uma equipa para um ataque de vitória. Quando assim é, raramente se ganha, quase sempre se perde ou empata. É o que dizem as estatísticas; foi o que a estatística comprovou uma vez mais.

Mas neste processo há também uma figura pressaga. Bruno Paixão em campo nos jogos do FCP é garante seguro de vitória dos seus adversários. Foi quase sempre assim desde a lastimável arbitragem do já longínquo Campomaiorense-Futebol Clube do Porto, em que o resultado foi exactamente igual, depois de uma série de penalidades escandalosamente não marcadas também contra a equipa vencedora. No jogo do passado Sábado o inefável Bruno Paixão cometeu quatro erros graves, com incidência directa no resultado do jogo: dois cartões amarelos selectivamente mostrados, logo de início, a dois jogadores do FCP; uma flagrante grande penalidade não marcada contra o SCP numa altura em que o resultado era ainda de zero a zero; e uma inusitada paragem do jogo numa situação em que Adriano se encontrava em posição de poder fazer 1-0 a favor do FCP. Por tudo isto e pelas razões acima referidas a vitória do Sporting não foi uma vitória indiscutível; foi uma vitória que cheirou a falso.

Mas, por favor, Senhor Professor Jesualdo Ferreira: deixe, por uma vez, de ser medroso; quem tem medo não pode ser treinador do Futebol Clube do Porto.

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