UM PRESIDENTE DE 9% DE ELEITORES RECENSEADOS
Ser-se arguido hoje em Portugal é, além disso, um acto banal de que nenhum português está livre de se ver, de um momento para o outro, ignominiosamente constituído. Os casos multiplicam-se pelo País e o ex-presidente foi apenas uma das vítimas desta abominável fúria judicialista que persegue os portugueses. Por este caminho ninguém pode governar; basta que um qualquer magistrado do Ministério Público assim o queira.
Mas o descalabro de Lisboa não disse apenas respeito ao PSD e ao seu líder. Disse-o a todos os partidos do actual sistema político. Os lisboetas estiveram-se literalmente nas tintas para o acto eleitoral do passado dia 15 de Julho. Esmagadoramente quiseram dizer que já não acreditam nos políticos profissionais que temos, que os partidos, tal como estão, passaram de moda, que o actual modelo político português se encontra fatalmente ultrapassado e que é preciso encontrar outras formas de representação. As urnas do dia 15 de Julho disseram-no claramente.
2 comentários:
Ainda havemos de vê-los a elegerem-se a eles próprios.
Pois é. E claramente um sistema de democracia participativa é o que não temos ! Começamos a ter uma larga maioria não participativa e que a seu tempo vai permitir criar novas formas de associação ao lado do sistema político, que com o tempo o fará ruir. Mas como os nossos políticos são autistas e sequiosos de poder, antes de mais nada, nem do tiro no pé que estão a dar se apercebem ! O tempo dará razão aos que hoja já não participam.
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