terça-feira, maio 08, 2007


UM PAÍS MENOR. UM PAÍS SEM HOMENS DE VISÃO


Portugal tem sido, ao longo da sua história, um País de pensamento negativo. É da sua condição não saber afirmar-se com segurança no concerto das nações. Excepção feita ao período das Descobertas e a fogachos momentâneos de ocasião o nosso País sempre foi um país globalmente menor. Menor nos recursos naturais, menor na capacidade criativa do seu povo, menor na incapacidade endémica de se organizar, menor nas elites políticas que o governaram ao longo dos séculos.

Ainda hoje é assim e, presumo, será sempre assim para as próximas gerações. Está na massa genética dos portugueses fazer do seu País um País irrelevante, inculto, preguiçoso, boçal, submisso, pedinte, invejoso, economicamente dependente, traiçoeiro, ganancioso. São assim os portugueses, exactamente como é o País que fundaram. São assim os políticos que governaram e governam Portugal; são fracos porque fraca é a sua gente. Não têm culpa de serem como são; coerentemente não degeneram.

Apesar de tudo Portugal é um País de nove séculos, tem fronteiras consolidadas, criou, manteve e expandiu a sua própria língua, detém uma cultura própria. Apesar de tudo sobreviveu politicamente e soube deixar a sua marca no mundo por onde passou. Soube ser perene na Europa, na África, na América, na Ásia, na Oceania!!!

Como sair desta contradição aparentemente insanável? Como é possível deixarmos de ser o que hoje somos e passarmos a ser o que por vezes fomos? Não sei, duvido que alguém saiba. Tenho a convicção de que já não vamos lá com as gerações sobrevivas. Não vislumbro elites salvadoras. Onde as há?