quarta-feira, abril 23, 2008

FOI-SE MARCELO.VENHA JARDIM

Posta de parte a opção Marcelo, se se quiser ganhar as eleições legislativas de 2009 há, no leque das gradas figuras do PSD, um militante que, para além de Marcelo, é também capaz de, no terreno, o fazer com facilidade. Esse militante é Alberto João Jardim. Eu sei que a esquerda burguesa do nosso País e as elites instaladas do PSD não gostam do Presidente do Governo Regional da Madeira. Mas gostam os portugueses e a maioria dos militantes de base do Partido Social-democrata. Não acreditam? Perguntem-lhes, façam uma sondagem e vejam os resultados.

Jardim fez da Madeira uma espécie de Singapura da Europa e tem obra feita; é polémico quanto baste, não tem medo, é determinado, tem convicções, sabe lutar por causas, penetra com imensa facilidade no eleitorado anónimo, sabe o que quer e, se for eleito Presidente do PSD, terá certamente um projecto de mudança para Portugal. Experiência política não lhe falta.

Alberto João Jardim é um homem honesto, não se lhe conhecem cumplicidades ou ligações perigosas aos grandes barões da economia, é dos raros políticos que não enriqueceu com a política, não fez habilidades para obter rendimentos que não fossem os que provêm do exercício da sua própria actividade política, não inventou, como muitos outros, esquemas propiciadores de reformas que atentem contra a consciência colectiva dos Portugueses.

Gosto de pessoas como Alberto João Jardim; gosto de pessoas que não têm papas na língua para dizerem o que pensam, de pessoas que não temem as consequências daquilo que dizem, de pessoas que fazem das dificuldades uma oportunidade, de pessoas alegres que olham para o futuro com optimismo, de pessoas que lutam abnegadamente pelo povo, de homens que amem o seu País e que o sirvam acima de tudo.

Jardim não é dos que foge nas situações de “pântano”, não é dos que trai os eleitores que o elegeram a pretexto de uma qualquer posição de âmbito internacional. Jardim é um homem honrado, gosta da Madeira e ama os portugueses. Jardim é um homem de causas, passou a vida a lutar por elas, soube pô-las em prática na Região Autónoma da Madeira. É altura de também lutar por elas ao serviço do nosso País. Têm a palavra, para já os militantes do PSD, elegendo-o Presidente do Partido; em 2009 os portugueses, elegendo-o Primeiro-ministro de Portugal.

sábado, abril 19, 2008

QUEREM UM PRESIDENTE VENCEDOR? ESCOLHAM MARCELO


O Partido Social-democrata vive um momento particularmente difícil. Sem Presidente e sem liderança, sem ética, sem princípios, “sovietizado” na militância e funcionalizado nas estruturas, o PSD bateu no fundo. Atravessa, talvez, o período mais negro da sua história. Sem valores que o orientem, sem rumo que o encaminhe e sem liderança que o mobilize, muita gente, de dentro e de fora, se pergunta se este Partido serve hoje para alguma coisa, ou se não estará já no limiar de uma mais que provável extinção.

O Partido Social-democrata não morre. Sofre de doença grave, está mergulhado em crise profunda, mas não morre. A crise que o assola não é mais do que uma das crises por que passam os partidos de poder, sempre que vivam longos períodos de oposição. Já se puseram questões do mesmo género ao Partido Socialista quando o PSD governou Portugal, está a acontecer hoje, de novo, o mesmo ao Partido Social-democrata. Os Partidos de Governo são mesmo assim: fortes enquanto detêm o poder, ansiosamente enfraquecidos quando se encontram na oposição. A ausência prolongada dos corredores do poder gera sempre este tipo de crises; passam com o tempo, vão e vêem na relação directa do poder que se tem e do poder que se perdeu. É sempre assim em democracia, e ainda bem. As crises de oposição são como que crises regeneradoras dos próprios regimes democráticos, que se requerem consistentes e saudáveis. Em ditadura nunca há crises assim.

No cômputo dos partidos que existem em Portugal, o PSD é aquele que mais genuinamente reflecte a idiossincrasia dos portugueses. Nasceu português, não precisou de nenhuma muleta internacional para se afirmar, dispensou-se de padrinhos ideológicos para se expandir. O Partido Social-democrata cresceu, tornou-se adulto, ganhou eleições e governou Portugal. Teve crises, ainda está em crise, mas a liderança que aí vem pode tirar o PSD da crise. Assim queiram os seus militantes.

A eleição do próximo Presidente do PSD pode representar o início de um novo ciclo de poder. Pode, se o Presidente for alguém conhecido dos portugueses; pode, se o Presidente eleito for uma pessoa de bem, culta, honrada, com experiência de vida, madura, solidária; pode, se o novo Presidente for uma pessoa credível aos olhos dos portugueses, se não tiver telhados de vidro e se, claramente, demonstrar que não precisa da política para dela se servir ou enriquecer; pode, se o líder a eleger fizer do exercício da política um acto generoso de serviço público para com o País; pode, se tiver uma visão que mobilize os portugueses e um desígnio que engrandeça Portugal.

Sem desprimor por nenhum dos candidatos que decida apresentar-se ao acto eleitoral do próximo dia 24 de Maio, Marcelo Rebelo de Sousa é, na minha opinião, o que reúne melhores condições de ser o Presidente de que PSD precisa para o momento que atravessa. Com Marcelo é possível readquirir-se a credibilidade perdida e regenerar-se o partido por dentro; com Marcelo é possível ter-se uma liderança forte, credível, consistente, determinada. No actual contexto do País, em crise social e económica profunda, e com os índices de popularidade de Sócrates em baixa acelerada, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa é, praticamente, a única personalidade do Partido Social-democrata que tem condições de ir a votos e ganhar as Legislativas de 2009. Não vejo outros, por muito estimáveis que sejam. De que estão à espera os militantes do PSD? Não querem regressar ao poder em 2009?

quinta-feira, abril 10, 2008

O PRINCÍPIO DE PETER


Muitas vezes me tenho perguntado sobre se o actual Presidente do Partido Social-democrata reúne condições para ganhar as eleições legislativas de 2009. Quanto mais me pergunto mais dúvidas tenho e não há meio de me libertar definitivamente delas. Para ser sincero já não acredito muito na capacidade política de Meneses para, como líder do PSD, vencer as eleições do ano que vem e formar um Governo alternativo ao do Primeiro-ministro José Sócrates.

Transcorridos que foram alguns meses desde que foi directamente eleito pelas bases do PSD, o que fez Meneses de relevante até hoje? Que estratégica de Governo já apresentou aos portugueses para que comecem a surgir os primeiros sinais de uma viragem política para o acto eleitoral de 2009? Que visão tem para o País, quais as grandes linhas de governo por que pautará a acção governativa no caso de vir a ser Primeiro-ministro? Pensa governar Portugal com elites e as bases do PSD, ou apenas com as bases que o elegeram? Se com ambas, que novas elites independentes e do PSD estão disponíveis para, em conjunto, trabalharem no processo de mudança política do País? Estará Luís Filipe Meneses rodeado das pessoas mais indicadas? Em consciência sentir-se-á Meneses habilitado para o cargo Primeiro-ministro de Portugal? Estará a pessoa do Presidente do PSD de bem consigo mesmo, consciente de que a sua vida será, mais cedo ou mais tarde, rebuscada de alto a baixo, à semelhança do que tem acontecido com Sócrates e todas as figuras públicas do nosso País? Estará Filipe Meneses emocionalmente preparado para combates de carácter, do tipo daqueles que, sem êxito, tanto assolaram Francisco Sá Carneiro?

Filipe Meneses tem, inegavelmente, qualidades pessoais, é um homem culto, teve e exerceu uma profissão de evidente relevo social antes de se dedicar a tempo inteiro à actividade política, tem sido um homem determinado relativamente aos projectos a que dedicou boa parte da sua vida, venceu quase sempre as lutas em que se envolveu e tem, sobretudo, uma obra notável à frente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Filipe Meneses tem tudo isso e tem também uma assinalável experiência política como governante, como deputado, como dirigente partidário e como Presidente de uma das maiores autarquias de Portugal. Apesar de tudo isso, e a avaliar pelas sondagens que têm vindo a público, não há meio de Meneses convencer o País de que é melhor do que José Sócrates, e de que pode formar um Governo de qualidade superior ao Governo do actual Primeiro-ministro. Porquê? Terá já Filipe Meneses pensado nas razões que fazem com que os portugueses não tenham vindo a aderir à sua causa?

São muitas as causas que poderão estar na base dos baixos índices de popularidade de Filipe Meneses. O povo gosta, com efeito, de líderes consistentes, determinados, que se orientem, na política como na vida privada, por objectivos claros em cuja concretização todos acreditem. Ora Meneses não tem sabido ser um líder forte, a sua liderança tem vindo a ser uma liderança frágil de duas pessoas; o povo aprecia um líder que seja capaz de dinamizar multidões, decidido, com visão estratégica, com autoridade mas sem ser autoritário. Meneses não tem sabido ser suficientemente mobilizador, ainda não apresentou uma ideia que estimulasse o País, tem-se visto confrangedoramente perdido ao sabor dos acontecimentos, e inutilmente entretido com as quotas, os símbolos, as cores e as setas do seu Partido, de interesse nulo para um povo que anseia por coisas de uma dimensão diferente; o povo quer para Primeiro-ministro uma pessoa de indiscutível estatuto, coerente de princípios, sólida de carácter, impoluta de comportamento. Nesta matéria Meneses terá que, muito claramente, dizer aos portugueses o que tem sido a sua vida, se enriqueceu com o exercício da política, se é coerente entre o que diz e o que faz, se tem uma visão política global para o desenvolvimento do País, e qual. O povo precisa de saber, de uma vez por todas, se o candidato do PSD é uma espécie de segunda versão falhada de Sócrates ou de Santana Lopes, ou se é uma edição moderna de Francisco Sá Carneiro ou de Aníbal Cavaco Silva. Compete a Meneses dizê-lo.

Será que por causa de uma candidatura de êxito duvidoso a Primeiro-ministro de Portugal se vai perder para sempre um autarca de obra feita? Que dirão os munícipes de Vila Nova de Gaia?

terça-feira, abril 08, 2008

PONTO DE PARTIDA.PONTO DE CHEGADA


Gosto dos Estados Unidos da América. Não aprecio especialmente o actual Presidente mas sou um dos que muito admira o povo americano e, de um modo geral, a maioria dos seus políticos. Por muitos defeitos que por lá haja, por muito acentuadas que ali sejam as diferenças sociais, aquele imenso País é um País onde vale a pena viver. Quem for capaz de ser diferente, quem tiver sonhos, quem for competente para, por si só, vencer na vida, quem se sentir habilitado para construir o seu próprio futuro, encontrará nos Estados Unidos o local apropriado para a concretização dos projectos que idealizou. A capacidade criativa do povo americano, a sua organização, a facilidade com que cada cidadão é capaz de criar o seu próprio trabalho e daí partir para a construção de um imenso império empresarial, é algo que está intrinsecamente metido na raiz de um povo de que não vejo paralelo no mundo.

Nos Estados Unidos ninguém está, por sistema, à espera de que o Estado protector cuide de nós, nos arranje um emprego ou resolva os problemas individuais que a cada um urge resolver; nos Estados Unidos o Estado é que espera tudo do cidadão. País supremo das liberdades individuais, País modelo da forma como funciona a democracia, País de oportunidades para quem for capaz de as aproveitar ou construir, ali não se passa a vida a dizer mal de tudo, ali não há tempo para se ter inveja do vizinho que progride, ali só há tempo para que cada um procure construir o futuro por que anseia; ali ninguém perde tempo à espera que o destino lhe traga o conforto que deseja, ali a felicidade é um dever que compete a cada um procurar, ali o bem-estar social não é um direito que se reivindique gratuitamente ao Estado, ali o bem-estar de cada um conquista-se com o trabalho de cada dia, de todos os dias.

Gosto, como disse, dos Estados Unidos da América, do seu povo e da forma como constrói a sua vida e a vida de todos os americanos; aprecio especialmente o modo como este povo invulgar gosta do País e o defende na paz e na guerra, no êxito e na adversidade; admiro as suas liberdades individuais, a sua capacidade de iniciativa, a luta por uma vida melhor, a maneira como interpreta a democracia, a forma competitiva como enriquece, a forma como torna desenvolvido o País que é o seu e de que empenhadamente se orgulha.

Nos Estados Unidos já se é rico quando se chega à política, e a política não é o meio de se ser rico. Nos Estados Unidos o exercício de um cargo político é sempre um ponto de chegada, nunca, por sistema, um ponto de partida; ser-se político é, nos Estados Unidos, um tempo de nobre dedicação à causa pública, à causa de todos os americanos.

E em Portugal? Como é entendida no nosso País a política? Ao contrário dos Estados Unidos da América, em Portugal a política raramente é um ponto de chegada; aqui a política é instrumental, é quase sempre um ponto de partida, é, sobretudo, um modo de vida ao serviço de quem a exerce, é uma profissão como outra qualquer, é um meio habilidoso de depressa se ser notável e notado, é uma forma rápida de se ser rico, de se obter riqueza ou de, sem decoro, se conseguir, antes da idade da maioria dos portugueses, uma reforma dourada para todo o resto de vida. Em Portugal não há ética na política. Nos EUA há ética e há princípios.