JOSÉ SÓCRATES DEVE, OBVIAMENTE, DEMITIR-SE
terça-feira, abril 17, 2007
quinta-feira, abril 12, 2007
SALPICOS DE UMA ENTREVISTA MAL ENGENDRADA
terça-feira, abril 10, 2007
O MORALISTA-MOR DO REINO
Incomoda-me ouvir, quase todos os dias, o Senhor Luís Filipe Vieira. Fala muito, em toda a parte, de tudo e de todos, contra tudo e contra todos. Quem o ouve e não conheça o seu passado recente fica com a ideia de que se trata dum homem íntegro, acima de qualquer suspeita, tantas são as conversas que faz em torno das virtudes públicas de que se diz ser praticamente o único portador. Tudo em nome do seu Benfica, do clube que ele, para risota de toda a gente, diz ser o maior clube do mundo.
Fora do desporto ignoro o que seja o seu passado de cidadão e de empresário. Pelo dinheiro que parece ter, pelos sinais exteriores de riqueza de que dá mostras é, certamente, um dos homens ricos da sociedade portuguesa. Não tenho elementos nem me sinto com competência para ajuizar sobre se a riqueza que detém é obra de um trabalho sério. Admito que sim.
sexta-feira, abril 06, 2007
A posse de um grau universitário não é condição indispensável para se ser Primeiro Ministro dum País. Há exemplos de sobra, por esse mundo fora, de grandes figuras políticas que marcaram positivamente a história do povo que dirigiram, sem que isso tivesse a ver com a posse de um qualquer título de natureza universitária. Não me impressiona, por isso, que o Primeiro-ministro de Portugal não tenha um curso superior, seja um simples engenheiro técnico de engenharia civil ou um engenheiro civil no sentido rigoroso da palavra, ou, ainda, que tenha obtido, em fase avançada da sua vida, a simples licenciatura em Engenharia Civil. Isso é-me absolutamente indiferente. Coisa distinta é saber se, neste processo, há mentiras ou se há aspectos menos claros de permeio.
Há, na caso das habilitações de José Sócrates, algumas coisas que não soam, de facto, bem. É já muita a poeira que paira sobre o assunto; são muitas as dúvidas acerca das habilitações universitárias desta alta figura do Estado, e da forma como obteve algumas delas. Não deixa de ser esquisito o processo recente de obtenção da licenciatura em Engenharia Civil através da Universidade Independente. Pelo que tem vindo a público nem tudo parece bater certo.
Diga-me, por isso, senhor Primeiro Ministro, e de uma vez por todas: é apenas Engenheiro Técnico de Engenharia Civil, ou é também Engenheiro Civil? Se é Engenheiro Civil por que razão não está ainda inscrito na Ordem dos Engenheiros? Se é só Bacharel por que se permitiu, ao longo da sua carreira política, que o tratassem sempre por Senhor Engenheiro?
Por que sentiu a necessidade serôdia de obter a licenciatura em Engenharia Civil? Por que escolheu, para o efeito, a Universidade Independente? Por aí ser mais fácil obter o grau académico que pretendia? É capaz de nos mostrar o plano de estudos da licenciatura que afirma ter obtido naquela Universidade, o grau de assiduidade, a relação dos professores, as notas de cada disciplina e a nota final do curso de que diz ser licenciado? Qual foi a última disciplina do curso, em que data fez o respectivo exame, com que nota e com que professor? Sendo agora, como afirma, licenciado em Engenharia Civil quando é que tenciona inscrever-se na Ordem dos Engenheiros? Ou ainda não tem condições para isso?
Como cidadão tenho o direito que me dissipe as dúvidas que lhe pus; como Primeiro Ministro o senhor só tem vantagens em que tudo fique definitivamente clarificado. Está em causa a honra do cidadão José Sócrates; está em causa a seriedade política do Primeiro-ministro de Portugal.