QUE INTERESSES MOVEM A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL?
Tomei agora mesmo conhecimento de que a Federação Portuguesa de Futebol decidiu não sancionar Luís Filipe Scolari. Soube ainda que, além de o não ter afastado pela falta grave que cometeu no fim do jogo Portugal-Sérvia, decidiu reiterar-lhe confiança no cargo de Seleccionador Nacional e, pasme-se, apoiá-lo jurídica e politicamente no recurso que aquele Senhor interpôs junto da UEFA a propósito da sua suspensão por quatro jogos. Fiquei, como cidadão, indignado com esta decisão de Gilberto Madaíl e seus pares na Direcção da Federação. É o cúmulo da iniquidade e é caso para se pensar que, nos meandros daquela entidade desportiva, o crime às vezes compensa, como é o caso presente, e outras penaliza, como foram os casos de Sá Pinto, João Pinto, Abel Xavier e de muitos outros atletas de que não me ocorrem agora os nomes.
Falando os factos por si e não havendo, por isso, outros comentários a fazer, atrevo-me, no entanto, a formular as seguintes perguntas ao Sr. Dr. Gilberto Madaíl: será possível dar conhecimento público dos relatórios que foram apresentados pela Federação junto da UEFA e dos relatórios desta entidade que estiveram na base da sanção de quatro jogos que impenderam sobre Luís Filipe Scolari? Será possível conhecer o processo disciplinar que o relator da Federação elaborou a propósito do acto irreflectido do Seleccionador Nacional? Por que razão houve, desde o início, uma intenção de se branquear tão grave comportamento? Que interesses económicos e desportivos moveram e movem a Federação para que um acto desta natureza pudesse passar sem sanção ao nível do País? Que autoridade moral tem esta Federação para, no futuro, punir casos desta ou de menor gravidade que venham a ocorrer com outros atletas e técnicos de Clubes ou ao serviço desta mesma Federação?
Faltando apenas quatro jogos para que o apuramento se realize acha o Senhor Presidente da Federação que Filipe Scolari tem autoridade e condições psicológicas para bem dirigir, fora do banco, os jogos que é obrigatório ganhar? Nada assim tanto em dinheiro esta Federação para se permitir manter os custos de um seleccionador que, tendo sido punido pelas mais altas instâncias europeias do futebol, está disciplinarmente impedido de exercer em pleno as suas obrigações contratuais? Se o apuramento falhar, de quem é a responsabilidade? Do Seleccionador que só trabalha a meio termo, ou do Presidente da Federação que foi, desde o início, cúmplice no branqueamento dos disparates daquele Senhor?
Tomei agora mesmo conhecimento de que a Federação Portuguesa de Futebol decidiu não sancionar Luís Filipe Scolari. Soube ainda que, além de o não ter afastado pela falta grave que cometeu no fim do jogo Portugal-Sérvia, decidiu reiterar-lhe confiança no cargo de Seleccionador Nacional e, pasme-se, apoiá-lo jurídica e politicamente no recurso que aquele Senhor interpôs junto da UEFA a propósito da sua suspensão por quatro jogos. Fiquei, como cidadão, indignado com esta decisão de Gilberto Madaíl e seus pares na Direcção da Federação. É o cúmulo da iniquidade e é caso para se pensar que, nos meandros daquela entidade desportiva, o crime às vezes compensa, como é o caso presente, e outras penaliza, como foram os casos de Sá Pinto, João Pinto, Abel Xavier e de muitos outros atletas de que não me ocorrem agora os nomes.
Falando os factos por si e não havendo, por isso, outros comentários a fazer, atrevo-me, no entanto, a formular as seguintes perguntas ao Sr. Dr. Gilberto Madaíl: será possível dar conhecimento público dos relatórios que foram apresentados pela Federação junto da UEFA e dos relatórios desta entidade que estiveram na base da sanção de quatro jogos que impenderam sobre Luís Filipe Scolari? Será possível conhecer o processo disciplinar que o relator da Federação elaborou a propósito do acto irreflectido do Seleccionador Nacional? Por que razão houve, desde o início, uma intenção de se branquear tão grave comportamento? Que interesses económicos e desportivos moveram e movem a Federação para que um acto desta natureza pudesse passar sem sanção ao nível do País? Que autoridade moral tem esta Federação para, no futuro, punir casos desta ou de menor gravidade que venham a ocorrer com outros atletas e técnicos de Clubes ou ao serviço desta mesma Federação?
Faltando apenas quatro jogos para que o apuramento se realize acha o Senhor Presidente da Federação que Filipe Scolari tem autoridade e condições psicológicas para bem dirigir, fora do banco, os jogos que é obrigatório ganhar? Nada assim tanto em dinheiro esta Federação para se permitir manter os custos de um seleccionador que, tendo sido punido pelas mais altas instâncias europeias do futebol, está disciplinarmente impedido de exercer em pleno as suas obrigações contratuais? Se o apuramento falhar, de quem é a responsabilidade? Do Seleccionador que só trabalha a meio termo, ou do Presidente da Federação que foi, desde o início, cúmplice no branqueamento dos disparates daquele Senhor?