UM HINO À LIBERDADE
Se tivesse que distinguir alguma Entidade do Ano que está prestes a terminar, essa Entidade seria, sem favor, a Comunicação Social Portuguesa. Quando num País a Justiça não funciona, a Educação é fraca, a Saúde é um bem raro e inacessível, os políticos são covardes e algumas castas do mundo financeiro engolem tudo, vale-nos a Comunicação Social para tudo desmontar e dizer que a sociedade não vai bem.
Sem os jornalistas dificilmente saberíamos que há empresários gananciosos, gestores corruptos, partidos políticos vendidos ao capital, juízes injustos, polícias sanguinários, magistrados comprados, Chefes de Governo mentirosos, seiscentos mil portugueses desempregados, dois milhões de cidadãos na miséria ou no limiar da pobreza, pedófilos escondidos, prisões desumanizadas, terrorismo organizado, tráfico de influências, sociedade de futuro duvidoso. Sem os jornalistas dificilmente tomaríamos conhecimento dos escândalos que abalam a sociedade. Sem uma comunicação social livre dificilmente teriam vindo a lume os casos FreePort, Portucale, Casa Pia, Millennium BCP, Universidade Moderna, Universidade Independente, licenciatuta de José Sócrates, viagens sumptuosas dos membros do Governo, viagens fantasmas de deputados, pensões indecentes do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Depósitos, pensões vitalícias de políticos sanguessugas, cruzamentos e atribuição de lugares entre amigos no seio de empresas de capitais públicos(REFER/CP) e o episódio Margarida Moreira/Fernando Charrua.
Pelas razões apontadas atrevo-me, pois, a considerar a Comunicação Social Portuguesa como a entidade que mais mereceria as honras de Entidade do Ano. Um País que não tenha uma imprensa livre, uma rádio isenta ou uma televisão independente não pode ser considerado um País livre. Portugal, neste domínio, é felizmente um País livre e independente. Poderá não sê-lo noutras áreas, mas é-o claramente na área da Comunicação Social. Não é, além disso, possível vivermos em verdadeira democracia sem os jornais, a rádio, a televisão, os analistas, os comentadores, os “bloggers”, os humoristas e todos aqueles que, sem medo de represálias, manifestam publicamente a sua opinião.
Eu sei que o actual Primeiro-ministro não gosta de ser contrariado por opiniões diferentes da sua, que detesta ser publicamente contestado e que, se pudesse, os aniquilava a todos por mor de um poder pessoal que desejaria inquestionável. Mas vai ter que se habituar à ideia de que os seus erros vão continuar a ser objecto de apreciação pública, de que suas mentiras continuarão a ser badaladas, de que os truques utilizados para a obtenção de fins inconfessáveis continuarão sempre a ser também objecto da apreciação crítica dos portugueses, graças à abençoada Comunicação Social Portuguesa.
Sem os jornalistas dificilmente saberíamos que há empresários gananciosos, gestores corruptos, partidos políticos vendidos ao capital, juízes injustos, polícias sanguinários, magistrados comprados, Chefes de Governo mentirosos, seiscentos mil portugueses desempregados, dois milhões de cidadãos na miséria ou no limiar da pobreza, pedófilos escondidos, prisões desumanizadas, terrorismo organizado, tráfico de influências, sociedade de futuro duvidoso. Sem os jornalistas dificilmente tomaríamos conhecimento dos escândalos que abalam a sociedade. Sem uma comunicação social livre dificilmente teriam vindo a lume os casos FreePort, Portucale, Casa Pia, Millennium BCP, Universidade Moderna, Universidade Independente, licenciatuta de José Sócrates, viagens sumptuosas dos membros do Governo, viagens fantasmas de deputados, pensões indecentes do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Depósitos, pensões vitalícias de políticos sanguessugas, cruzamentos e atribuição de lugares entre amigos no seio de empresas de capitais públicos(REFER/CP) e o episódio Margarida Moreira/Fernando Charrua.
Pelas razões apontadas atrevo-me, pois, a considerar a Comunicação Social Portuguesa como a entidade que mais mereceria as honras de Entidade do Ano. Um País que não tenha uma imprensa livre, uma rádio isenta ou uma televisão independente não pode ser considerado um País livre. Portugal, neste domínio, é felizmente um País livre e independente. Poderá não sê-lo noutras áreas, mas é-o claramente na área da Comunicação Social. Não é, além disso, possível vivermos em verdadeira democracia sem os jornais, a rádio, a televisão, os analistas, os comentadores, os “bloggers”, os humoristas e todos aqueles que, sem medo de represálias, manifestam publicamente a sua opinião.
Eu sei que o actual Primeiro-ministro não gosta de ser contrariado por opiniões diferentes da sua, que detesta ser publicamente contestado e que, se pudesse, os aniquilava a todos por mor de um poder pessoal que desejaria inquestionável. Mas vai ter que se habituar à ideia de que os seus erros vão continuar a ser objecto de apreciação pública, de que suas mentiras continuarão a ser badaladas, de que os truques utilizados para a obtenção de fins inconfessáveis continuarão sempre a ser também objecto da apreciação crítica dos portugueses, graças à abençoada Comunicação Social Portuguesa.