SOVIETES SUPREMOS E PARTIDOS
Quem estiver atento ao que se passa nos Partidos verificará facilmente que há uma IRRITANTE falta de qualidade dos seus quadros dirigentes. A maioria exerce essa função como primeira e exclusiva forma de vida: apenas sabe o que é o Partido, a forma de o usar e o que ele representa para segurança definitiva da sua própria carreira profissional, e da dos seus familiares e amigos. O Partido é a sua extrema vocação e profissão. Amam-no em exclusivo e por exclusão de partes.
IRRITA-ME que grande parte dos dirigentes não saibam o que é a vida real, não tenham chefiado um serviço, dirigido uma instituição ou criado uma empresa. Parasitam na sociedade que querem dirigir e modificar, sem conhecerem o risco; são em geral bem falantes e falam de tudo, falam muito e a toda a hora; arrogam-se duma espécie de direito consuetudinário que não pode ser posto em causa por ninguém. Quem o tentar é irremediavelmente ostracizado.
O problema grave é que não há pessoas diferentes que ousem enfrentar a situação. E compreende-se que não haja. Enquanto se mantiver o domínio dos sindicatos de votos que intencionalmente se foram organizando ao longo dos tempos, a actual nomenclatura reinante estará para dar e durar. É difícil saber como será possível acabar com esta espécie de sovietes supremos que, minando a pureza dos alicerces morais dos Partidos democráticos, se vão perpetuando no poder, sem fim à vista.
Será possível fazer uma revolução democrática? Mas que tipo de revolução? Por quem? Com quem?
IRRITA-ME que grande parte dos dirigentes não saibam o que é a vida real, não tenham chefiado um serviço, dirigido uma instituição ou criado uma empresa. Parasitam na sociedade que querem dirigir e modificar, sem conhecerem o risco; são em geral bem falantes e falam de tudo, falam muito e a toda a hora; arrogam-se duma espécie de direito consuetudinário que não pode ser posto em causa por ninguém. Quem o tentar é irremediavelmente ostracizado.
O problema grave é que não há pessoas diferentes que ousem enfrentar a situação. E compreende-se que não haja. Enquanto se mantiver o domínio dos sindicatos de votos que intencionalmente se foram organizando ao longo dos tempos, a actual nomenclatura reinante estará para dar e durar. É difícil saber como será possível acabar com esta espécie de sovietes supremos que, minando a pureza dos alicerces morais dos Partidos democráticos, se vão perpetuando no poder, sem fim à vista.
Será possível fazer uma revolução democrática? Mas que tipo de revolução? Por quem? Com quem?
1 comentário:
Caro Irritante,
Este assunto também me IRRITA solenemente!
Falando de Soviete supremo, de sindicatos e de nomenclatura (tendo deixado de lado os "notáveis" que - a bem dizer - também aqui podiam estar associados !)é escandaloso o que se passa nos partidos.
Um leigo que de fora observa, na maior parte dos casos vê que uma boa parte dos profissionais da vida política, não têm provas dadas a não ser nessa vida política! E se procurarmos bem , por vezes até nos envergonharemos das tais "provas dadas" !
No nosso país vive-se em partidocracia e os aparelhos dos partidos põem e dispõem de tudo e de todos desde que "máquina partidária" continue a ser alimentada.
Na minha humilde opinião, os "aparatchick" dos partidos são na sua maioria uns inúteis em termos de sociedade e o valor que acrescentam a essa mesma sociedade tende para zero.
Temos que acabar com este tipo de parasitismo. Em gestão diz-se que isso são "gorduras" e um bom gestor não pode perder tempo a conservá-las e portanto deve eliminá-las o mais depressa possível.
Na nossa vida política há que proceder da mesma forma e rapidamente antes que o país definhe.
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