sexta-feira, fevereiro 17, 2006

CORTE DE GASTOS INÚTEIS

Segundo o PÚBLICO do passado dia 28 de Janeiro o Presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu, numa atitude de reequilíbrio das finanças públicas do seu País, diminuir em mais de 50% o seu próprio vencimento. Decidiu também que idêntica medida fosse aplicada a todos os ALTOS FUNCIONÁRIOS do Estado e a todos aqueles que, duma forma ou doutra, estivessem a ser pagos por dinheiros de origem pública. Segundo ele , esta seria uma das primeiras medidas de austeridade que decidia tomar, para que assim começasse a sobrar dinheiro para assuntos de claro interesse nacional como são, por exemplo, os assuntos relacionados com a educação e a saúde de todos os bolivianos.
E se uma medida destas fosse aplicada a Portugal? Na prática já está em parte a ser, dado que o poder de compra de todos os funcionários diminuíu em mais de 7% desde os últimos seis ou sete anos.
Mas há medidas concretas que, se aplicadas imediatamente, bem poderiam contribuir para a redução do défice público português. Eis, a título de exemplo, algumas, muito simples: redução do número de Membros do Governo para metade dos que há hoje; redução para um terço do número actualmente existente de Chefes de Gabinete, Assessores, Adjuntos, Consultores e Secretárias pessoais que, atropelando-se uns aos outros, enxameiam os diversos Gabinetes Governamentais; redução do número de Comissões de Apoio e do número de Pareceres inutilmente pedidos a Jurisconsultos e outros Auditores Externos; redução em 50% do número de viagens ao estrangeiro do Senhor Presidente da República, dos Deputados e dos Membros do Governo e Pessoal de Apoio, reservando-se as deslocações oficiais às de inequívoco interesse nacional; proibição, por um período de 5 anos, de compra de novos automóveis e redução da frota que se encontra ao serviço dos membros do Goveno e do seu staff de apoio...
Que acham destas medidas? Mas há mais, muito mais que me IRRITA não dizer por ora...Prometo voltar ao assunto.

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