GOLFE: UMA ACTIVIDADE FÍSICA E MENTAL
Comecei a jogar golfe há apenas um ano. Gostei, diverti-me, relaxei, fiz exercício físico com assiduidade, confraternizei e conheci novas pessoas, pessoas interessantes. Pela experiência que já adquiri, lamento não ter iniciado esta modalidade há, pelo menos, 20 anos. Mas sinto que ainda fui muito a tempo de a poder fruir e de dela retirar a imensidade de benefícios de que é intrinsecamente portadora. Jogo agora sempre que posso, só, ou em actos de confraternização desportiva com outros jogadores, independentemente da sua idade.
Não sendo fácil de praticar, o golfe é um jogo verdadeiramente estimulante. Representa um desafio à capacidade individual de cada jogador se superar perante as dificuldades que sistematicamente enfrenta no decurso do jogo em que esteja envolvido. Não há um jogo sem dificuldades, mas também não há obstáculos que não possam ser vencidos. Com determinação, perseverança e uma ilimitada ambição de vencer, é sempre possível obter um resultado que, bom ou menos bom, nos dá sempre uma sensação final de bem-estar e de dever cumprido; no fim de cada jogo não há jogador que não se sinta dominado por um sentimento de confortável deleite intelectual. Um mau resultado fortalece-nos para tentar de novo; um bom resultado estimula-nos a obtê-lo melhor. Jogar golfe é um saudável exercício físico ao ar livre, embrenhado com a natureza e com respeito por ela; jogar golfe é ser-se disciplinado, cortês e solidário com os outros; é estar-se num inacabado processo de afirmação de personalidade e é estar-se numa assumida atitude de respeito por regras e códigos de conduta, conscientemente aceites por todos. No golfe não há lugar à batota, não há lugar a jogadas esquisitas de bastidor, não há árbitros de escolha selectivamente orientada, não há lugar a suspeições. Cada jogador é árbitro de si próprio e de quem joga consigo. Há aqui uma ética de valores que todos respeitam
Quem puder, deve jogar golfe com assiduidade. O golfe é uma escola de virtudes, uma cultura prática de cidadania, um acto saudável de vida, uma fonte de deleite intelectual, um exercício de convívio intergeracional.
2 comentários:
Depois de ler o texto retira-se que o autor gosta imenso do jogo e que nós - os não jogadores! - temos perdido muito tempo (há que começar).
OA
É exactamente o que diz. Mas quem nunca praticou golfe nem sequer acredita que cada partida ou cada treino é um desafio continuo para cada jogador. Desafio de total concentração durante 4 ou 5 horas, desafio de autodomínio total para nunca se querer o que não se pode (é sempre bola falhada), desafio físico (pois os 18 buracos são sempre 8 a 9 km), autodomínio técnico para cada um dos 12 ferros e madeiras. Cada um tem a sua posição, o seu ritmo, a sua dificuldade e...nenhuma partida é igual a outra. Se blogue entusiasmasse alguém a fazer exercício físico e mental já teria valido a pena esta repetição de ideias que todos os que jogam golfe sabem muito bem. BJ
Enviar um comentário