MACAU, A CIDADE DE LAS VEGAS DO ORIENTE
Nos últimos vinte anos visitei Macau por cinco vezes, tendo a última visita ocorrido há duas semanas. Que diferença, senhores, entre o que vi da primeira vez que lá estive na década de oitenta e o que agora vi na primeira década do século vinte e um. Não há comparação possível. De cada vez que lá ia, via diferenças. Desta vez as diferenças foram avassaladoras. Duma pequeno território que no início conheci, atrasado, burlesco e muito mal visto por turistas e chineses que o demandavam, passou-se para uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, moderna, sumptuosa, rica, pujante de actividade, cosmopolita.
Sem se querer fazer aqui a sua história, a bem dizer poderemos hoje falar de Macau como território de administração portuguesa antes do Governador Carlos Melancia, de um território da eras Melancia e Rocha Vieira, e de uma Região Administrativa Especial de Edmundo Ho depois da sua integração, em 1999, na República Popular da China.
Independentemente de um clima de corrupção generalizado que por lá se viveu durante o consulado do Governador Carlos Melancia, e que fizeram as delícias dos jornais sensacionalistas da época, há que ser-se justo, reconhecendo que foi especialmente no tempo deste Governador que foram dados os passos decisivos para a transformação do que Macau é nesta primeira década do século vinte e um. Melancia foi frenético, teve uma ideia para este território, deu-lhe visão estratégica, concebeu-lhe os grandes projectos infra-estruturais, dotou-o dos primeiros casinos e preparou-o para poder ser um dos grandes pólos regionais e mundiais do jogo e do turismo. Se Carlos Melancia teve uma ideia e um projecto de desenvolvimento a longo prazo para Macau, o General Rocha Vieira foi capaz de o seguir, exprimindo com obras, com infra-estruturas e com desenvolvimento económico as ideias-mestras do seu antecessor. Sem a visão estratégica de Carlos Melancia e a gestão tranquila de Rocha Vieira dificilmente Macau teria tido condições para ser hoje uma espécie de LAS VEGAS do oriente asiático. O sentimento que tive quando visitei, há duas semanas, Macau e as ilhas de Taipa e Coloane foi, de facto, o de que estava num mundo novo, onde se respirava jogo e dinheiro por todos os lados. Hotéis e mais Hotéis, Casinos e mais Casinos, uns sumptuosamente funcionais, outros ainda em fase acelerada de construção.
Há duas ou três ideias-chave que passarei a recordar desta visita relâmpago a Macau. O Chinês e o Inglês são as línguas de comunicação corrente, e o português mal se fala, embora se veja ainda escrito nas ruas e nos monumentos de expressão portuguesa. Com uma população residente de pouco mais de quinhentas mil pessoas e uma média de trinta milhões de turistas que visitam esta Região por ano, Macau, tal como Hong Kong e Singapura, é hoje um dos grandes centros económicos do longínquo oriente da Ásia. Vive do jogo e para o jogo e, nesse domínio, pede meças à grande metrópole americana do jogo e dos casinos. Quem entra em Macau, pelas Portas do Cerco, pelo Aeroporto Internacional ou pelos barcos provenientes de Hong Kong, é gratuitamente conduzido por shuttle-buses para o seu Hotel-Casino para poder jogar. Cada Hotel é um casino, cada casino funciona ininterruptamente 24 horas por dia, e em cada casino há espectáculos, snack e bebidas gratuitas para que o jogador se mantenha a jogar o maior número de horas que for lhe possível.
Gostei de Macau, gostei de lá ter ido, apreciei a sua pujança económica, gostei das suas gentes, senti que, apesar de tudo, ainda há por lá um bocado de todos nós, um pedaço de Portugal. As Ruínas de S. Paulo, a gruta de Camões, a Fortaleza do Monte e o Farol da Guia são, dentre muitas outras, ilustrações reveladoras.
Sem se querer fazer aqui a sua história, a bem dizer poderemos hoje falar de Macau como território de administração portuguesa antes do Governador Carlos Melancia, de um território da eras Melancia e Rocha Vieira, e de uma Região Administrativa Especial de Edmundo Ho depois da sua integração, em 1999, na República Popular da China.
Independentemente de um clima de corrupção generalizado que por lá se viveu durante o consulado do Governador Carlos Melancia, e que fizeram as delícias dos jornais sensacionalistas da época, há que ser-se justo, reconhecendo que foi especialmente no tempo deste Governador que foram dados os passos decisivos para a transformação do que Macau é nesta primeira década do século vinte e um. Melancia foi frenético, teve uma ideia para este território, deu-lhe visão estratégica, concebeu-lhe os grandes projectos infra-estruturais, dotou-o dos primeiros casinos e preparou-o para poder ser um dos grandes pólos regionais e mundiais do jogo e do turismo. Se Carlos Melancia teve uma ideia e um projecto de desenvolvimento a longo prazo para Macau, o General Rocha Vieira foi capaz de o seguir, exprimindo com obras, com infra-estruturas e com desenvolvimento económico as ideias-mestras do seu antecessor. Sem a visão estratégica de Carlos Melancia e a gestão tranquila de Rocha Vieira dificilmente Macau teria tido condições para ser hoje uma espécie de LAS VEGAS do oriente asiático. O sentimento que tive quando visitei, há duas semanas, Macau e as ilhas de Taipa e Coloane foi, de facto, o de que estava num mundo novo, onde se respirava jogo e dinheiro por todos os lados. Hotéis e mais Hotéis, Casinos e mais Casinos, uns sumptuosamente funcionais, outros ainda em fase acelerada de construção.
Há duas ou três ideias-chave que passarei a recordar desta visita relâmpago a Macau. O Chinês e o Inglês são as línguas de comunicação corrente, e o português mal se fala, embora se veja ainda escrito nas ruas e nos monumentos de expressão portuguesa. Com uma população residente de pouco mais de quinhentas mil pessoas e uma média de trinta milhões de turistas que visitam esta Região por ano, Macau, tal como Hong Kong e Singapura, é hoje um dos grandes centros económicos do longínquo oriente da Ásia. Vive do jogo e para o jogo e, nesse domínio, pede meças à grande metrópole americana do jogo e dos casinos. Quem entra em Macau, pelas Portas do Cerco, pelo Aeroporto Internacional ou pelos barcos provenientes de Hong Kong, é gratuitamente conduzido por shuttle-buses para o seu Hotel-Casino para poder jogar. Cada Hotel é um casino, cada casino funciona ininterruptamente 24 horas por dia, e em cada casino há espectáculos, snack e bebidas gratuitas para que o jogador se mantenha a jogar o maior número de horas que for lhe possível.
Gostei de Macau, gostei de lá ter ido, apreciei a sua pujança económica, gostei das suas gentes, senti que, apesar de tudo, ainda há por lá um bocado de todos nós, um pedaço de Portugal. As Ruínas de S. Paulo, a gruta de Camões, a Fortaleza do Monte e o Farol da Guia são, dentre muitas outras, ilustrações reveladoras.
Sem comentários:
Enviar um comentário