QUEREM UM PRESIDENTE VENCEDOR? ESCOLHAM MARCELO
O Partido Social-democrata vive um momento particularmente difícil. Sem Presidente e sem liderança, sem ética, sem princípios, “sovietizado” na militância e funcionalizado nas estruturas, o PSD bateu no fundo. Atravessa, talvez, o período mais negro da sua história. Sem valores que o orientem, sem rumo que o encaminhe e sem liderança que o mobilize, muita gente, de dentro e de fora, se pergunta se este Partido serve hoje para alguma coisa, ou se não estará já no limiar de uma mais que provável extinção.
O Partido Social-democrata não morre. Sofre de doença grave, está mergulhado em crise profunda, mas não morre. A crise que o assola não é mais do que uma das crises por que passam os partidos de poder, sempre que vivam longos períodos de oposição. Já se puseram questões do mesmo género ao Partido Socialista quando o PSD governou Portugal, está a acontecer hoje, de novo, o mesmo ao Partido Social-democrata. Os Partidos de Governo são mesmo assim: fortes enquanto detêm o poder, ansiosamente enfraquecidos quando se encontram na oposição. A ausência prolongada dos corredores do poder gera sempre este tipo de crises; passam com o tempo, vão e vêem na relação directa do poder que se tem e do poder que se perdeu. É sempre assim em democracia, e ainda bem. As crises de oposição são como que crises regeneradoras dos próprios regimes democráticos, que se requerem consistentes e saudáveis. Em ditadura nunca há crises assim.
No cômputo dos partidos que existem em Portugal, o PSD é aquele que mais genuinamente reflecte a idiossincrasia dos portugueses. Nasceu português, não precisou de nenhuma muleta internacional para se afirmar, dispensou-se de padrinhos ideológicos para se expandir. O Partido Social-democrata cresceu, tornou-se adulto, ganhou eleições e governou Portugal. Teve crises, ainda está em crise, mas a liderança que aí vem pode tirar o PSD da crise. Assim queiram os seus militantes.
A eleição do próximo Presidente do PSD pode representar o início de um novo ciclo de poder. Pode, se o Presidente for alguém conhecido dos portugueses; pode, se o Presidente eleito for uma pessoa de bem, culta, honrada, com experiência de vida, madura, solidária; pode, se o novo Presidente for uma pessoa credível aos olhos dos portugueses, se não tiver telhados de vidro e se, claramente, demonstrar que não precisa da política para dela se servir ou enriquecer; pode, se o líder a eleger fizer do exercício da política um acto generoso de serviço público para com o País; pode, se tiver uma visão que mobilize os portugueses e um desígnio que engrandeça Portugal.
Sem desprimor por nenhum dos candidatos que decida apresentar-se ao acto eleitoral do próximo dia 24 de Maio, Marcelo Rebelo de Sousa é, na minha opinião, o que reúne melhores condições de ser o Presidente de que PSD precisa para o momento que atravessa. Com Marcelo é possível readquirir-se a credibilidade perdida e regenerar-se o partido por dentro; com Marcelo é possível ter-se uma liderança forte, credível, consistente, determinada. No actual contexto do País, em crise social e económica profunda, e com os índices de popularidade de Sócrates em baixa acelerada, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa é, praticamente, a única personalidade do Partido Social-democrata que tem condições de ir a votos e ganhar as Legislativas de 2009. Não vejo outros, por muito estimáveis que sejam. De que estão à espera os militantes do PSD? Não querem regressar ao poder em 2009?
3 comentários:
Concordo com a ideia de que Marcelo Rebelo de Sousa possa facilmente vencer Sócrates nas Legislativas de 2009. O que duvido é que ele queira regressar à liderança do PSD, por onde já passou sem sucesso. Se não tivesse renunciado teria muito provavelmente chegado a Primeiro-ministro.
Apesar de tudo, "Cristo" pode, de novo, descer à terra. Basta que se crie um movimento generalizado de apoio à sua candidatura. O que é difícil dadas as facções existentes dentro do PSD e os interesses perversamente instalados.
Não partilho a sua opinião quanto à candidatura do Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa. Reconhecendo que é uma personalidade com enorme valor, pressinto-lhe algumas características que assentam melhor ao crítico de actualidade política (azedo, e comprazendo-se no escárnio e mal-dizer).
Tem por ele uma invulgar inteligência, perspicácia, dom de oratória mas contra ele uma tendência, a meu ver doentia, de dizer mal de tudo e de todos.
Passou pela liderança do PSD e não deixou boas memórias. Foi o que se chama um "looser" com um episódio que o acompanhará toda a vida : o caso "Paulo Portas", onde se mostrou pouco hábil e foi "levado" por um menino esperto.
Claro que considero também a possibilidade de um "come-back" , veja-se o caso do "Sr. Silva" , parafraseando o inenarrável e na minha opinião abjecto "Sr. Jardim" lá das ilhas, que após sair do Governo e perdendo a eleição com o Dr. Jorge Sampaio, soube esperar para ganhar a contenda eleitoral.
Mas com um PSD de cabeça perdida, com os "notáveis" sem muito barulho a quererem ser reconhecidos nessa mesma posição, com algum sangue novo a aparecer e com pano de fundo mais de controlo do PSD do que vontade de Governar o país, não vejo muito bem como o Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa tenha alguma hipótese de em tão pouco tempo - e 2009 é já ali - de evitar um segundo fracasso à cabeça do PSD e aí penso que a sua clarividência não o deixará tentar-se novamente pelo poder no PSD.
Acredito que um dia o Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa se posicione politicamente mas para ser candidato a Presidente da Répública, cargo que melhor assentaria à sua vaidade pessoal. E na minha opinião o caminho de re-eleição do Eng.º (demagogo) José Sócrates vai sendo facilitado, sobretudo pelo PSD.
Este PSD já excedeu a tolerância do mais simples militante. E não parece que o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa seja a melhor solução. É realmente muito inteligente e brilhante, mas que é difícil levar a sério e não confio muito em adiantados mentais. Se Manuela Ferreira Leite for a "Generala" capaz de varrer a "tralha" que tomou conta do PSD, poderá ser uma boa alternativa.
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