UMA POLÍTICA TIPO BANHA DA COBRA
Tenho-me perguntado muitas vezes sobre se este Governo é um Governo competente. E quanto mais me pergunto mais dúvidas me assaltam acerca do que ele é ou não é capaz de fazer. Terá o País, na encruzilhada identitária em que perigosamente se encontra, o Governo adequado às transformações de que carece para se situar, de novo, na rota do desenvolvimento? Será o actual Primeiro-ministro a pessoa indicada para reintegrar Portugal no grupo dos países da União Europeia que mais crescem? Conseguirá o actual Governo de Portugal proporcionar aos seus cidadãos os mesmos índices de conforto que tem a maioria dos cidadãos dos países da União Europeia?
Infelizmente penso que não. O Governo, por aquilo que já fez e não fez desde que foi investido, tem dado uma confrangedora imagem de incompetência; e o Primeiro-ministro uma preocupante falta de visão estratégica para o País. Os sinais falam claramente por si. Vejamos: a pobreza aumentou e os pobres são cada vez em maior número; o desemprego não desacelera e a multidão dos que não têm trabalho não pára de crescer; as classes médias definham a pique e a pobreza envergonhada é o único horizonte certo que, com fundamentada preocupação, vislumbram; há menos ricos, mas os que existem, estão cada vez mais ricos, concentrando em si, e sem trabalho produtivo que a justifique , uma desproporcionada riqueza do todo da riqueza nacional; o aparelho do Estado engorda e as despesas públicas reais evoluem no sentido inverso dos sacrifícios que são pedidos aos portugueses; a Justiça não funciona e está hoje pior do que estava antes de Sócrates; continua a não haver uma visão de médio e longo prazo para a Educação; o Serviço Nacional de Saúde corre o risco de desaparecer e o seu Ministro faz hoje o contrário do que dizia antes de o ser; a economia permanece estagnada e o seu Ministro gagueja de solavancos e contradições; as Finanças espremem, com impostos, os contribuintes, e o seu Ministro dá-se ao desplante de maltratar e empobrecer aqueles que trabalham para si e para o próprio Estado de que são parte, e que devotadamente sempre quiseram servir.
Não há, em suma, neste Governo uma política que, com coerência, aproveite aos portugueses, nem os Portugueses acreditam nas políticas que o Governo propagandeia. Nem agora nem a médio e longo prazo. Os Governantes que temos reflectem o País em que estão; e o País os Governantes que temos: um País pobre, envergonhado, culturalmente atrasado; um Governo atávico, autista, sem nenhuma ideia mobilizadora.
QUAL A SOLUÇÃO? Encontrar um outro Governo. Um Governo que: não engane nem faça o contrário do que prometeu; nunca faça batota eleitoral; apresente um programa realista e, uma vez eleito, o cumpra rigorosamente; não hostilize nem subjugue os indefesos; seja capaz de unir os portugueses e de os mobilizar, de vez, num amplo projecto de redenção nacional.
1 comentário:
Tem toda a razão.Este Governo é um embuste. Só é Governo porque fez batota eleitoral para ganhar as eleições.A única coisa que sabe fazer bem é aumentar impostos, colocar socialistas em todos os lugares estratégicos do sector público e empresarial do Estado, fazer propaganda enganosa, agradar aos poderosos e agredir os indefesos. Como é possível que,com tantos apertos financeiros feitos aos funcionários da administração pública, a despesa real continue inusitadamente a crescer? Explique-se Senhor José Sócrates; retracte-se senhor Teixeira dos Santos.Os Senhores já não merecem a confiança da maioria dos portugueses. Procurem, tal como fizeram Guterres e Barroso,um tacho internacional e desapareçam do País. Se possível levando convosco o inefável Governador do Banco de Portugal!!!
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