sábado, dezembro 22, 2007

UMA DERROTA INJUSTA

Estou a escrever, ainda a quente, depois de uma derrota inesperada do Futebol Clube do Porto no Funchal contra o Nacional da Madeira. Foi inesperada e injusta. Inesperada porque não seria pensável que os "azuis e brancos", atento o historial recente de resultados de uma e outra equipa, perdessem este jogo; injusta porque, em jogo jogado e em oportunidades de golo não convertidas, o FCP foi a equipa que mais mereceu a vitória. Mas um jogo é assim: nem sempre ganha o mais forte, nem sempre vence a equipa que mais ocasiões de golo cria. A imprevisibilade do resultado final de um jogo de futebol é uma das magias deste espectáculo que tanto encanta e arrasta multidões.

Depois de, finalmente, ter sabido ser corajoso no Estádio da Luz, desta vez só tenho dois reparos a fazer ao treinador Jesualdo Ferreira: Não se entende a razão de tanto insistir num jogador que, tendo já tido mais do que uma oportunidade para mostrar o que vale, nunca deu uma para a caixa, foi sempre uma completa desilusão. Se dúvidas ainda houvesse elas ficaram hoje definitivamente desvanecidas. Mariano González é um jogador banal que pode e deve ser colocado no mercado de transferências do próximo mês de Janeiro. No mínimo ponham-no a rodar numa outra qualquer equipa que lhe pague o ordenado que ainda não conseguiu justificar no clube, e que não tenha as responsabilidades do FCP. Impressiona-me como é que este atleta conseguiu chegar a internacional da poderosa selecção da Argentina. Há fenómenos que não consigo entender.

Mas se Jesualdo Ferreira falhou ao escalonar Mariano González para o jogo com o Nacional da Madeira, falhou também ao não proceder à sua substituição quando, já a perder por 1-0, quis, e bem, mudar o rumo dos acontecimentos. Tê-lo mantido em jogo significou, quase sempre, dar um trunfo ao adversário, foi como se FCP estivesse em campo com menos um jogador, tamanha era a sua inutilidade prática. Por que não saiu ele e saiu o Hélder Postiga? Não tendo jogado de início por que não entrou, no acto da primeira substituição, o Adriano?

Agora que a primeira parte do campeonato está prestes a terminar permita-me Senhor Professor que lhe faça as seguintes três recomendações: Não proponha nenhuma nova aquisição de jogadores na abertura do mercado de Janeiro; estimule superiormente a dispensa, ou a rodagem noutras equipas, de uma boa parte dos atletas recrutados para a presente temporada, de que destaco especialmente os seguintes: Kazmierczak, Mariano González, Leandro Lima, Edgar, Farias e Lino; promova, dentre outros, o regresso imediato do Ibson, do Alan e do Hélder Barbosa; aposte mais nos atletas que provêm das escolas do Futebol Clube do Porto. Se fizer isto vai ganhar folgadamente o campeonato da Primeira Liga, vai ter sérias possibilidades de passar à fase seguinte da Liga dos Campeões, vencendo o Schalke 04, e dará um contributo muito importante para o saneamento das finanças do Clube. Vá por mim, Senhor Professor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ninguém gosta de perder e como simpatizante do Futebol Clube do Porto também não gostei desta derrota no Funchal. Mas antes agora do que mais tarde.Que este desaire sirva de aviso sério para o carácter aleatório do futebol. Ninguém pode ter como adquirida a vitória num jogo ou a vitória final dum campeonato por mais previsível que a mesma possa parecer.A derrota de ontem é disso um claro exemplo que tem de ser levado em linha de conta por todos os atletas do FCP.Hoje em dia é tão provável o Futebol Clube do Porto perder um jogo como o de ontem à noite como é provável que se possa ganhar outra vez a milionária CHAMPIONSHIP.Nada de arrogâncias, muita humildade, rigor, muita concentração e espírito de sacrifício é o que os atletas do FCP devem ter em consideração para surpreenderem sempre e nunca serem negativamente surpreedidos.