O PINÓQUIO-MOR DA REPÚBLICA
Nunca gostei das pessoas que mentem. Muito menos daquelas que, para atingirem um fim ou obterem proveito pessoal, prometem uma coisa e fazem outra totalmente diferente. É certo que de mentirosos sempre esteve o mundo cheio; mas irritam-me quando os vejo a perorar desalmadamente. Se, no nosso País, há grupos que se caracterizam pela mentira desbragada esse grupo é o grupo dos políticos. Não são, em geral, intrinsecamente sérios, mentem a torto e a direito, acantonam-se por ilhas de intriga, fazem batota para alcançarem o poder, são, por isso, uns empafos inúteis. Que me desculpem os que, apesar de tudo, são honestos e tem feito da política um acto de desinteressada dedicação ao seu País.
Mas se há uma figura da política portuguesa que especialmente se caracteriza pelas mentiras que sistematicamente dirige ou dirigiu ao País, essa figura é o nosso inefável José Sócrates Pinto de Sousa. Sem nunca ter feito nada de socialmente relevante ao longo da vida, nunca olhou a meios para atingir os fins. Antes e depois de ser Secretário-geral do Partido Socialista; antes e depois de ser o Primeiro-ministro de Portugal.
Ora vejam o que aquele senhor disse para ser Primeiro-Ministro e o que fez depois de o ser. Prometeu não aumentar os impostos e a primeira coisa que fez logo que tomou posse foi aumentá-los despudoradamente (IVA, IRS, IRC, ISP, IA, tabaco, selo, álcool, bebidas alcoólicas…); garantiu um crescimento da economia em mais de 3% e o resultado obtido foi o de um pífio 1,5%, muito inferior à média dos países da UE; assegurou, vezes sem conta, que o poder de compra iria folgadamente crescer durante o tempo em que fosse Primeiro Ministro mas o resultado concreto que obteve foi o de uma clara diminuição do poder de compra dos portugueses, hoje calculada em mais de 10% (que o digam os cidadãos da classe média, designadamente os aposentados da função pública que, por exemplo este ano ganham nominalmente menos do que em 2006. Será isto constitucional?); prometeu equilibrar a balança de transacções correntes mas o resultado foi o de que continuamos a importar mais do que aquilo que exportamos; prometeu aumentar o investimento público reprodutivo mas o resultado tem sido precisamente o contrário, isto é, menos 18% do que era 2005; afirmou que o serviço nacional de saúde seria garantido para todos com mais qualidade, mais acessível e menos dispendioso, qualquer que fosse o local e capacidade económica dos portugueses, mas o resultado é hoje claramente negativo, com a prestação de cuidados de saúde muito mais cara e inacessível, e os medicamentos menos comparticipados; teve como certo que a educação e a justiça teriam condições de afirmação positiva como nunca tiveram em Portugal, mas os resultados que se vêem permitem uma leitura substancialmente diferente, com menos qualidade na educação e os serviços de justiça mais lentos e ineficazes.
Muito mais poderia ser dito acerca das promessas de uma vida melhor que o então bacharel de engenharia garantiu aos portugueses para o caso de vir a ser eleito Primeiro-ministro de Portugal. Tudo o que manhosamente prometeu para ser o candidato vencedor das legislativas de 2005 não cumpriu, tendo praticamente falhado em tudo. Salvou-se, neste contexto, o famigerado equilíbrio das contas correntes; mas mesmo aqui à custa do empobrecimento de todos nós. Os portugueses estão, passados dois anos de governo socialista, inequivocamente mais pobres; que o digam todos, mas especialmente os 600000 desempregados e os 2 milhões de portugueses pobres.
Com excepção de uma certa casta de glutões sociais que tudo comem, os portugueses andam tristes, acabrunhados, melancólicos e preocupados com o seu futuro. Há como que um sentimento de descrença geral que todos vêem e sentem, excepto o Primeiro-ministro Sócrates. Já não há esperança em Portugal. Com este Chefe de Governo os portugueses sentem que continuam desesperadamente no caminho de um precipício colectivo, para pouco servindo os biliões de euros que ainda vão chegando da União Europeia. Que fazer perante um panorama destes? DEMITI-LO por um vigoroso processo de indignação colectiva. De que estão à espera os funcionários públicos, os magistrados, os juízes, os professores, os médicos, os enfermeiros, os aposentados, os 600 000 desempregados e os 2 milhões de pobres? De que estão à espera os Sindicatos? Este estado de coisas não pode mais manter-se em Portugal. Estamos todos fartos de um Primeiro-ministro embófia e do seu séquito de “bufos”e acéfalos. BASTA.
2 comentários:
Por vezes não temos tempo, ou nos dispomos a pensar sobre esta desgraça. E é bom que apareça alguém a lembrar esta miséria de País que nos estão a criar. Este pinóquio nem sequer repara que estamos a caminho de ser dos mais pobres desta nova Europa.
J.Matos
Enriqueça os seus conhecimentos de Português. Já conhece o verbo SOCRATEAR? Se ainda não conhece veja qual é o seu significado e ACTUALIZE O SEU VOCABULÁRIO:
*SOCRATEAR .*[Do analfabeto SOCRATES]: Verbo totalmente irregular de estranha conjugação.
1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza;
disfarçar com a maior cara de pau e cinismo.
2. Não dar a perceber,
apesar de ululantes e genuínas evidências; calar.
3. Fingir, simular
inocência angelical.
4. Usar a dissimulação; proceder com fingimento,
hipocrisia.
5. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade.
6. atingir sempre o amigo ou inimigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele
do que eu).
7. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmaras e
nos olhos das pessoas.
8. Defraudar, iludir
9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios.
10. viajar com dinheiro publico.
Enviar um comentário