VITUPÉRIOS DE UM VÍLICO SEM CLASSE
Fui um dos que assistiu pela televisão ao debate do Orçamento de Estado para 2008. Fiquei enojado com a postura desatinada da dupla José Sousa/Fernando Santos. Estou farto dela e da sobranceria com que se dirige aos portugueses. Falaram de cátedra, atiraram números falaciosos para público se entreter, mentiram, disseram o que lhes convinha, omitiram, sem pudor, os números que depreciavam a sua política de polichinelo. Esta dupla é autista, está desacreditada e há muito que atingiu o seu estado de validade.
O Orçamento do Estado para 2008, além de um embuste pegado, é um orçamento reles. Não contribui para o desenvolvimento económico-social do País, aumenta o número de desempregados, agrava os impostos, engorda a riqueza dos que já são ricos, empobrece uma vez mais a classe média, insulta, com migalhas de cobardia, os que já são pobres, menospreza os funcionários públicos, avilta os aposentados do Estado.
Enquanto se ouve e vê pela televisão esta súcia de poltrões a defender o Orçamento de Estado do próximo ano, os portugueses indignam-se com o que vão vendo e sentindo à sua volta; irritam-se com as notícias vindas a público de que vão ser gastos em 2008, e à custa de todos nós, 61,6 milhões de euros em viagens e hotéis, mais 18,8% (!!!) do que terá sido gasto em 2007, e para um ano em que Portugal já não preside à União Europeia; enfurecem-se com os gastos sumptuários dos membros do Governo (para quê tanta viagem e tantos carros novos todos os anos, senhores?); revoltam-se com os sucessivos aumentos dos combustíveis e, por via disso, da ceva gulosa dos vílicos do Estado; preocupam-se com os aumentos dos produtos alimentares, da electricidade, do gás, da água, dos medicamentos, dos serviços de saúde, dos simples produtos de higiene básica; inquietam-se com o futuro.
Os Sindicatos da função pública, cansados deste Governo e das políticas de hostilização que sistematicamente visam os funcionários públicos, decretaram greve geral para o dia 30 de Novembro. Fizeram bem, cumpriram o seu dever. Espera-se agora que os funcionários façam o seu, anuindo em massa ao apelo dos Sindicatos. A agitação social por meio de uma greve, sendo um direito de quem trabalha, é igualmente uma forma democrática de se discordar de um Governo, de o deitar abaixo se for necessário. É preciso destituir este Governo. Há muito que deixou de ser capaz de mobilizar a sociedade portuguesa. Um Governo que não mobilize a sociedade não presta. O Governo do licenciado José Sócrates perdeu o prazo de validade. Que o “pântano” de Guterres o inspire, por uma vez, na única decisão que deve tomar: DEMITIR-SE. Para isso têm também a palavra, no dia 30 de Novembro, os funcionários públicos, os juízes, os magistrados, os médicos, os professores, os aposentados, os deficientes; têm a palavra os descontentes da sociedade portuguesa. Assim se assumam e não tenham medo.
1 comentário:
Estamos entregues ás "castas" e toda esta "cambada"... Eles não têm como lêma o "direito à indignação"?... É o que nos resta...
J.Matos
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